Depois do emocionante e bem sucedido pouso de nossa aeronave, reunimos nosso material em meio à tradicional balburdia do aeroporto. Mochilas nas costas, o coração pulsando acelerado, devido a emoção do momento, enchemos bem os nossos pulmões e damos o verdadeiro primeiro passo da caminhada com destino ao Everest!
Saindo do aeroporto, subimos uma pequena colina e paramos para tomar o café da manhã antes de pegar a trilha. Precisamos estar bem alimentados.
Foi aqui que o Bhala, nosso porter, se incorporou ao grupo. Terminado o cafe, chega a hora de seguir, são 11 da manhã.
Atravessamos Lukla (2840m) e iniciamos uma subida até a montanha.
Uma caminhada de cerca de uma hora por uma trilha com muitos declives acentuados, piso irregular e degraus de cerca de 50 centímetros, que foram bastante difíceis para nós, especialmente para a Karen que ainda não havia começado a usar os bastões de caminhada.
Depois de uma longa e cansativa caminhada devido ao relevo do terreno, começamos a enxergar as margens do rio Koshi Dudh. Traduzido, o seu nome significa Rio de Leite, por possuir águas muito brancas e de aspecto leitoso, oriundas das geleiras e que descem as montanhas com muita turbulência.
Seguimos o Koshi Dudh praticamente ao longo de toda a nossa jornada de hoje, cruzando-o diversas vezes, através de estreitas pontes, na trilha que nos levará a Phakding. Nupla (5885m), um pico no topo da cordilheira de Kongde Ri, pode ser visto à distância. Seguindo pela trilha chegamos a um vale, de onde se pode ver ao fundo o Kusum Kang (6367m).
No caminho, muitas vezes tivemos que dar passagem a comboios de iaques ou de burros que levam carga para todos os lados. Os animais têm sempre a preferência, e os trekkers devem buscar abrigo na lateral contrária aos abismos, pois muitas pessoas já morreram pela queda provocada por um esbarrão involuntário de um animal.
A maior parte das casas na área rural do Nepal são construídas com uma estrutura de bambu muito resistente e as paredes recobertas com uma mistura de de barro e esterco de iaque. Este tipo de habitação permanece fresca no verão e mantém o calor no inverno.
As casas nas colinas são normalmente feitas de tijolo cru com thatch, telhado de telha. Já nas grandes altitudes, as construções mudam para alvenaria e a pedra ardósia pode ser utilizada nos telhados.
Paramos para almoçar às duas da tarde em Yulning.
Devido a influência da vizinha India, a culinária nepalesa reflete uma dieta vegetariana. Um prato tipicamente nepalês (alguns ironizam que é o único prato nepalês) é o Dal Bhat, cuja base é uma porção de arroz (bhat) branco cozido e uma sopa ou molho muito pouco espesso de lentilhas (dal).
Como não podia deixar de ser, o Dal Bhat foi a nossa escolha. É um prato bem interessante e substancioso, ideal para os trekkers que precisam de carbohidratos para queimar nas trilhas. Outra curiosidade do Dal Bhat é que você come quanto quiser, com repetições livres.Usualmente pode incluir outros molhos, nomeadamente chetnim (também chamado chutney) e outros ingredientes. O Dal Bhat costuma ser servido num tabuleiro onde se encontra um prato ou tigela de arroz, vários copos com os molhos e "sopas", apresentando-se os restantes ingredientes, se existirem, noutras tigelas.
Uma das variantes mais populares é o dal bhat tarkari, que além do arroz e do dal, inclui uma porção de caril de vegetais (tarkari). Além do tarkari, é comum incluir iogurte e, por vezes, caril de carne (frango ou, menos frequentemente, ovelha) ou peixe. Embora para os paladares pouco acostumados com condimentos a comida nepalesa possa parecer algo apimentada, ela está longe de ser verdadeiramente picante, se comparada a outras zonas do sul da Ásia e do Extremo Oriente onde a comida é um tempero da pimenta e não ao contrário.
Após o almoço seguimos o caminho para Phakding, onde chegamos por volta das 17:30h, muito cansados por ser o trecho um tanto longo e irregular e classificado apenas como de média dificuldade. Putz, imagina o que não vem pela frente. Seis horas e meia de caminhada para o primeiro dia até que está de bom tamanho!
Nos hospedamos no Hotel Tibet, em Phakding, onde fomos recebidos pelo Sonan, proprietário do estabelecimento, amigo do Kalu e que terminou ficando nosso amigo também. Comemos alguma coisa e fomos dormir, tipo assim, de roupa e tudo, mas sem as botas.
Essa noite estreiamos nossos sacos de dormir ( classe até -12 C), pois os quartos possuem camas, mas não possuem cobertas, muito menos calefação. Você coloca o saco sobre a cama, entra nele e dorme feito uma pedra, quentinho, feliz da vida e com todos os ossos e músculos do seu corpo doendo.
O trecho de hoje é considerado moderado, mas o de amanhã é difícil. Se esse já foi muito difícil, o de amanhã deve ser impossível. Veja a trilha de hoje:
Obs: Durante o passeio, a qualquer momento, clique Pause nos controles da parte inferior do mapa. Então, para dar uma olhada na paisagem em volta, use os comandos à direita. Para continuar a trilha, basta clicar no Play
Saindo do aeroporto, subimos uma pequena colina e paramos para tomar o café da manhã antes de pegar a trilha. Precisamos estar bem alimentados.
Foi aqui que o Bhala, nosso porter, se incorporou ao grupo. Terminado o cafe, chega a hora de seguir, são 11 da manhã.
Atravessamos Lukla (2840m) e iniciamos uma subida até a montanha.
Uma caminhada de cerca de uma hora por uma trilha com muitos declives acentuados, piso irregular e degraus de cerca de 50 centímetros, que foram bastante difíceis para nós, especialmente para a Karen que ainda não havia começado a usar os bastões de caminhada.
Depois de uma longa e cansativa caminhada devido ao relevo do terreno, começamos a enxergar as margens do rio Koshi Dudh. Traduzido, o seu nome significa Rio de Leite, por possuir águas muito brancas e de aspecto leitoso, oriundas das geleiras e que descem as montanhas com muita turbulência.
Seguimos o Koshi Dudh praticamente ao longo de toda a nossa jornada de hoje, cruzando-o diversas vezes, através de estreitas pontes, na trilha que nos levará a Phakding. Nupla (5885m), um pico no topo da cordilheira de Kongde Ri, pode ser visto à distância. Seguindo pela trilha chegamos a um vale, de onde se pode ver ao fundo o Kusum Kang (6367m).
No caminho, muitas vezes tivemos que dar passagem a comboios de iaques ou de burros que levam carga para todos os lados. Os animais têm sempre a preferência, e os trekkers devem buscar abrigo na lateral contrária aos abismos, pois muitas pessoas já morreram pela queda provocada por um esbarrão involuntário de um animal.
A maior parte das casas na área rural do Nepal são construídas com uma estrutura de bambu muito resistente e as paredes recobertas com uma mistura de de barro e esterco de iaque. Este tipo de habitação permanece fresca no verão e mantém o calor no inverno.
As casas nas colinas são normalmente feitas de tijolo cru com thatch, telhado de telha. Já nas grandes altitudes, as construções mudam para alvenaria e a pedra ardósia pode ser utilizada nos telhados.
Paramos para almoçar às duas da tarde em Yulning.
Devido a influência da vizinha India, a culinária nepalesa reflete uma dieta vegetariana. Um prato tipicamente nepalês (alguns ironizam que é o único prato nepalês) é o Dal Bhat, cuja base é uma porção de arroz (bhat) branco cozido e uma sopa ou molho muito pouco espesso de lentilhas (dal).
Como não podia deixar de ser, o Dal Bhat foi a nossa escolha. É um prato bem interessante e substancioso, ideal para os trekkers que precisam de carbohidratos para queimar nas trilhas. Outra curiosidade do Dal Bhat é que você come quanto quiser, com repetições livres.Usualmente pode incluir outros molhos, nomeadamente chetnim (também chamado chutney) e outros ingredientes. O Dal Bhat costuma ser servido num tabuleiro onde se encontra um prato ou tigela de arroz, vários copos com os molhos e "sopas", apresentando-se os restantes ingredientes, se existirem, noutras tigelas.
Uma das variantes mais populares é o dal bhat tarkari, que além do arroz e do dal, inclui uma porção de caril de vegetais (tarkari). Além do tarkari, é comum incluir iogurte e, por vezes, caril de carne (frango ou, menos frequentemente, ovelha) ou peixe. Embora para os paladares pouco acostumados com condimentos a comida nepalesa possa parecer algo apimentada, ela está longe de ser verdadeiramente picante, se comparada a outras zonas do sul da Ásia e do Extremo Oriente onde a comida é um tempero da pimenta e não ao contrário.
Após o almoço seguimos o caminho para Phakding, onde chegamos por volta das 17:30h, muito cansados por ser o trecho um tanto longo e irregular e classificado apenas como de média dificuldade. Putz, imagina o que não vem pela frente. Seis horas e meia de caminhada para o primeiro dia até que está de bom tamanho!
Nos hospedamos no Hotel Tibet, em Phakding, onde fomos recebidos pelo Sonan, proprietário do estabelecimento, amigo do Kalu e que terminou ficando nosso amigo também. Comemos alguma coisa e fomos dormir, tipo assim, de roupa e tudo, mas sem as botas.
Essa noite estreiamos nossos sacos de dormir ( classe até -12 C), pois os quartos possuem camas, mas não possuem cobertas, muito menos calefação. Você coloca o saco sobre a cama, entra nele e dorme feito uma pedra, quentinho, feliz da vida e com todos os ossos e músculos do seu corpo doendo.
O trecho de hoje é considerado moderado, mas o de amanhã é difícil. Se esse já foi muito difícil, o de amanhã deve ser impossível. Veja a trilha de hoje:
Obs: Durante o passeio, a qualquer momento, clique Pause nos controles da parte inferior do mapa. Então, para dar uma olhada na paisagem em volta, use os comandos à direita. Para continuar a trilha, basta clicar no Play
Quer dizer que a Rosário se rendeu ao Starbucks?! Essa vou ter que espalhar!!!
ResponderExcluirQue lugares lindos. Continuem trilhando e com muito cuidado!!! Beijos Vico
Bravo,siamo felici ed orgogliosi di voçês.É fantastici follow-los.Que momento.Abraços
ResponderExcluirGente que bacana essa aventura. Lindas fotos, que emocionante. Estou adorando. Bom proveito prá vocês. Beijão, com carinho Laura.
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