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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Corpo e Alma

A nossa aventura no Nepal vai durar vinte dias, quatorze dos quais serão destinados à caminhada de ida e volta ao Acampamento Base do Monte Everest.



Durante essas duas semanas planejamos percorrer, a pé, mais de cem quilômetros através de trilhas que nos levarão por regiões desprovidas de qualquer infraestrutura, como energia elétrica, água potável, comunicação ou acesso rodoviário. São previstas caminhadas com duração entre cinco e sete horas por dia em piso pedregoso e aclives acentuados.

Essas condições, por si só já são bastante desafiadoras. Como se não bastasse, somam-se a elas a variação da temperatura e, principalmente, a da altitude. Dos 1.400 m de Kathmandu até os 5.380 m do Campo Base do Everest o organismo humano é submetido à diversas adaptações metabólicas para sobreviver no ar rarefeito que, se não forem administradas adequadamente, podem resultar em sério risco à saúde e, até mesmo, à vida.

Eu e minha mulher somos seres urbanos, não temos o perfil de esportistas, nem nunca praticamos trekking. Nossa aventura será, portanto, uma trilha de descobertas, de superação e de respeito. Descoberta de capacidades e habilidades que, até então, desconheciamos. De superação de condições adversas e de medos que ainda nunca enfrentamos. De humildade e respeito à montanha e aos nossos reais limites pessoais.

Chegar até o Acampamento Base do Everest é um de nossos objetivos, mas não o principal. Queremos percorrer aquelas trilhas até onde os nossos limites permitam e retornar mais fortes, mais sábios e mais unidos.

Essa será uma caminhada para os nossos corpos e para as nossas almas.



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