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sábado, 12 de maio de 2012

Por quê?






Por quê? Por quê?

Desde que começamos a divulgar o projeto de nossa viagem ao Everest aos nossos familiares e amigos, após um momento de espanto, a pergunta que se segue é, inevitavelmente, sempre a mesma: Por quê?

Outros questionamentos vêm depois: Vocês enlouqueceram? Não é perigoso? E o preparo físico? Não tinham mais nada para inventar? Não seria melhor ir para Paris?

Longe de nos desestimularem, sabemos que essas manifestações são autênticas e sintetizam o carinho conosco e a preocupação com o nosso bem estar. Respondemos sempre com um sorriso e um "porque sim!". Às vezes respondemos com outra pergunta: E por que não?

Se não dermos uma chance para que nossos sonhos transformem-se em realidade, eles continuarão sendo apenas isso, sonhos, que não servem para nada mais além do que serem sonhados. Por algum motivo de convergência do universo, as coisas se alinharam para que viéssemos a realizar essa aventura. Então, vamos lá!

Perambulando pela internet topei com essa poesia de Fernando Pessoa que resume esse momento, e que gostaria de compartilhar com aqueles que nos acompanham:


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já tem a forma dos nossos corpos,
e esquecer os nossos caminhos
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia.
E se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado para sempre
à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa
É isso aí!



Um comentário:

  1. Montanhas sao magicas, magneticas e irresistiveis. Mudam-nos para sempre. Ninguem melhor do que o naturalista John Muir para descrever o sentimento ao escala-las:

    "Climb the mountains and get their good tidings. Nature's peace will flow into you as sunshine flows into trees. The winds will blow their own freshness into you, and the storms their energy, while cares will drop off like autumn leaves.”
    John Muir

    Estou com voces, heart and soul.

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