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domingo, 20 de maio de 2012

Breaking News: Greve geral no Nepal quase provoca o cancelamento de nossa expedição!

O Kalu combinou de nos apanhar hoje no hotel, depois do café da manhã, para a gente comprar o equipamento de trekking faltante, que era todo à exceção das nossas botas e do meu brinquedinho de pulso (ver post anterior). 

Ficamos aguardando na recepção do hotel, até que veio o telefonema do Kalu dizendo que tínhamos um problemão, pois havia iniciado hoje no Nepal um Bandhs que duraria três dias. No princípio a notícia não me pareceu tão ameaçadora, até porque eu não tinha a menor noção do que era um Bandhs. Até que ele nos explicou o significado.

Bandhs, uma palavra de origem Hindi que significa 'fechado', e é uma forma de protesto utilizado por ativistas políticos em alguns países como a Índia e Nepal. Durante um Bandhs, um partido político ou uma comunidade declara uma greve geral. Os principais afetados são lojistas que devem manter suas lojas fechadas e os operadores de transporte público de ônibus e táxis devem permanecer fora das ruas e estradas e não transportar quaisquer passageiros. 


Só podem circular ambulâncias, imprensa, bombeiros, a Cruz Vermelha, direitos humanos, festas de casamento, missões diplomáticas, caminhões de transporte de água, leite e combustiveis, exercito e turistas estrangeiros. 

Bandhs são meios poderosos de desobediência civil e o pau corre solto aqui e ali. No Nepal, as Bandhs aumentaram muito de frequencia devido à instabilidade política.

A paralisação geral e o fechamento do comércio decretado pelos ativistas por três dias, deve ser observada das 6 da manhã até às 5:30 da tarde. E todo mundo fecha mesmo, com medo das possiveis represalias e a maioria dos comerciantes nem abre mais depois do horário determinado durante os dias de Bandhs.

Resumindo a novela, apesar de teoricamente o transporte de turistas ser permitido em taxis identificados para esse fim, as lojas deveriam ficar fechadas por tres dias, não permitindo que comprassemos os equipamentos necessários, estourando completamente o nosso cronograma e frustando nossa aventura.

Thamel é o bairro que concentra as lojas de material para trekking e onde também fica a sede da Nepal Azimuth Trekking. O Kalu ficou monitorando a situaçao e no final da tarde ele ligou dizendo que algumas lojas iriam abrir depois das 6 da tarde e que iria mandar um taxi para turistas nos buscar para as compras.



Nosso taxi em Thamel durante a greve geral
No caminho fomos parados em piquetes de ativistas que queriam conferir se éramos turistas mesmo, senão... Depois de liberados da barreira seguimos pelas ruas tortuosas de Kathmandu, onde podíamos perceber duas coisas: a tensão entre as pessoas devido a greve e o trânsito muito mais civilizado, até porque haviam pouquíssimos veículos circulando.

Encontramos com o Kalu no Thamel e saímos atrás de lojas que ousaram abrir depois das seis da tarde. Dentre as poucas lojas abertas, garimpamos o material disponível, tendo que ajustar o nosso shopping list à situação. Compramos tudo que era indispensável e retornamos para o Hotel organizar as coisas pois amanhã temos que ir para o aeroporto com destino à Lukla. O Kalu vem nos buscar às quatro e meia da manhã para evitar problemas com os grevistas. Agora são três e meia e estou terminando de fechar as mochilas e concluindo esse post. Ou seja, não dormi e vou virar direto, com trekking e tudo amanhã.



Um comentário:

  1. E AÍ SERGIO...PELO QUE ESTAMOS VENDO E PELA TUA NARRATIVA ESTÃO CURTINDO DEMAIS A EXPERIENCIA... ESPERO QUE TUDO CORRA BEM...A PROPOSITO A CERVEJA DO NEPAL É BOA????HEHEHE!!!

    ABRAÇO,

    MARIMON

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