Translate

sábado, 2 de junho de 2012

1 de junho de 2012: Helicóptero para Lukla

Faz alguns dias em que vínhamos cogitando alugar um helicóptero para concluir o retorno até Lukla. Inicialmente pensávamos em sair de Namche Bazaar e o Kalu já estava em contato com o Biswo para obter algumas cotações.

Tínhamos dois motivos para tentar antecipar a volta a Lukla. O primeiro é porque as chuvas já estavam começando nas regiões mais baixas.



O segundo motivo é que devido ao mau tempo em Lukla, o aeroporto já estava fechado há alguns dias e tinha um montão de gente na cidade esperando o retorno do vôos para Kathmandu. Pela programação inicial deveríamos chegar do treeking até Lukla no dia 3, e pegar o avião para Kathmandu no dia 4. Não queríamos correr o risco de chegar em cima da hora e não conseguir embarcar na data prevista, o que traria uma série de contratempos no planejamento do final de nossa viagem. Chegando a Lukla uns dias antes nos permitiria manejar melhor essa situação e evitar atrasos indesejáveis

Existia ainda uma terceira razão que nos motivava trocar um trecho de trekking pelo helicóptero. Curtir um vôo entre as montanhas do Himalaia, sem que esse fosse uma opração de resgate. Do nosso resgate.

O dia amanheceu fechado em Thiangboche. Acordamos ao som de uma espécie de corneta tocada pelos monges bem cedo, anunciando o novo dia e chamando para o ritual budista que ocorre no monastério ao amanhecer.

Hoje iríamos caminhar de Thyangboche a Namche Bazaar. No café da manhã o Kalu comentou com a dona do Lodge e da Bakery sobre a nossa idéia de locar um helicóptero em Namche. Ela disse que precisava ir para Lukla e que poderia conseguir um helicóptero de Thyangboche a Lukla, propondo compartilhar o custo da locação conosco.

Perfeito! Ganharíamos mais um dia em Lukla e poderíamos escapar da chuva que hoje, muito provavelmente, nos acompanharia pela trilha. Topamos na hora! Continuamos com o nosso café, enquanto ela foi dar alguns telefonemas para locar um helicóptero para essa manhã.

Meia hora mais tarde ela retorna dizendo que conseguiu a locação, mas que os helicópteros estavam presos em Katmandu aguardando o tempo melhorar em Lukla para poderem partir. Possivelmente conseguiriamos viajar pela manhã, mas dependíamos de condições meteorológicas mais favoráveis para o vôo.

Aproveitamos o tempo livre para mais algumas fotos do monastério e do vilarejo.

Pelas dez e meia da manhã vem a confirmação: Helicopter is comming! Corremos para levar nossas bagagens para o local do pouso.

Despedimo-nos do Bhala que não viajaria conosco. Ele iria aproveitar a folga para ganhar um extra carregando alguma coisa para algum lugar. Talvez voltassemos a o encontrar em Lukla, mas não tinhamos certeza. Iríamos sentir falta daquele parceiro doce e sempre sorridente. Nosso time começava, aos poucos, a se desfazer. Ficamos tristes em deixar o Bhala para trás.



Momentos depois, três porters passam por nós carregando pedras. Uma imagem para que nunca esquecessemos de como é dura a vida no Nepal.

De repente, as nuvens pesadas começam a se abrir. Era a janela que o helicóptero precisava para nos apanhar.

O ruído de seu motor começa a ser ouvido à distância, ecoando pelas montanhas. Logo ele surge voando baixinho entre as árvores (Um corvo que voava por ali levou o maior susteo da vida!).

Chegou rapidamente e deveria partir rapidamente, pois o tempo continuava instável. Jogamos nossas coisas para dentro, tomamos nossos assentos e, em instantes, uma nuvem de poeira oculta a vista que tínhamos do monastério. Estávamos partindo de Thyangboche.

A experiência de sobrevoar o Himalaia de helicóptero é unica. As paisagens são ainda mais fascinantes vistas de cima. Seguimos o caminho que faríamos a pé e podíamos identificar as trilhas que percorremos na ida, os vilarejos que passamos, e pontos de parada para descanso e fotos.



Em trinta minutos de vôo vencemos o que faríamos em três dias de trekking! Pousamos no aeroporto de Lukla antes do meio dia. Logo após a nossa chegada o aeroporto fechou novamente. Aproveitamos a única janela de vôo do dia. Mais um excelente trabalho do nosso Anjo da Guarda.

Hospedamo-nos no Tara Lodge, o mesmo local em que tomamos café da manha, quando chegamos de Kathmandu para o início do trekking.

Uma bela cerveja durante o almoço para brindar o êxito de nossa aventura. Tudo ocorreu perfeitamente. Fomos ao Everest e voltamos são e salvos!

Temos alguns dias em Lukla para arranjar o retorno a Kathmandu, ficar vagabundeando pela cidade e começar o processo de aclimatação com a civilizaçao moderna.

À tarde fomos ao centrinho de Lukla passear, com direito a uma parada no Starbucks Café para um capuccino com uma fatia de torta trufada de chocolate. Delícia!

Uma passadinha na barbearia na tentativa de abandonar o visual do abominável homem das neves, com direito a massagem relaxante.



No dia 29 de maio, dentro das comemorações do Dia do Everest, aconteceu um Festval de música em Namche Bazaar com a participação dos principais pop-stars do Nepal. Devido ao mau tempo, esses artistas também estavam presos em Lukla.



O Sonam, que assistiu o show em Namche, acompanhou os pop-stars até Lukla, fazendo amizade com eles. À noite ele nos ligou convidando para uma noitada num pub irlandes para conhecermos os artistas. Chovia e saímos para a noite de botas, lanterna de cabeça e ponchos para a chuva. Nunca saímos tão produzidos!

Acima, o segundo da esquerda para a direita é o Nima Rumba , o maior pop-star do Nepal na atualidade. Aqui ele é uma celebridade (clique no link para assistir um videoclip).

Ao meu lado Shreya Sotang, uma nova cantora nepalesa
À direita, Mc Rapper Avinash

Foi uma programa muito divertido, boa conversa, risadas e cerveja Guiness. O pessoal é muito legal. Pena que acabou às nove e meia da noite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário